segunda-feira, 11 de outubro de 2010

LETRAS E AUTORES




O Hino Rio-Grandense que hoje cantamos tem a sua história particular e, porque não dizer, peculiar. Porque muitas controvérsias apresentou, desde seus tempos de criação até os tempos de então. Oficialmente existe o registro de três letras para o hino, desde os tempos do Decênio Heróico até aos nossos dias. Num espaço de tempo de quase um século foram utilizadas três letras diferentes até que finalmente foi resolvido, por uma comissão abalizada, que somente um deles deveria figurar como hino oficial.





O PRIMEIRO HINO



A história real do Hino, começa com a tomada da então Vila de Rio Pardo, pelas forças revolucionárias farroupilhas. Ocasião em que foram aprisionados uma unidade do Exército Imperial, o 2° Batalhão, inclusive com a sua banda de música. E o mestre desta banda musical, Joaquim José de Mendanha, mineiro de nascimento que também foi feito prisioneiro era um músico muito famoso e considerado um grande compositor. Após a sua prisão ele, Mendanha, teria sido convencido a compor uma peça musical que homenageasse a vitória das forças farroupilhas, ou seja a brilhante vitória de 30 de abril de 1838, no célebre “Combate de Rio Pardo”.

Mendanha, diante das circunstâncias, resolveu compor uma música que, segundo alguns autores, era um plágio de uma valsa de Strauss. A melodia composta por Mendanha era apenas musicada. E o capitão Serafim José de Alencastre, pertencente as hostes farrapas e que também era versado em música e poesia, entusiasmado pelos acontecimentos, resolveu escrever uma letra alusiva à tomada de Rio Pardo.



SEGUNDO HINO



Quase um ano após a tomada de Rio Pardo, foi composta uma nova letra e que foi cantada como Hino Nacional, o autor deste hino é desconhecido, oficialmente ele é dado como criação de autor ignorado. O jornal “O Povo”, considerado o jornal da República Riograndense em sua edição de 4 de maio de 1839 chamou-o de “o Hino da Nação”.



TERCEIRO HINO



Após o término do movimento apareceu uma terceira letra, desta vez com autor conhecido: Francisco Pinto da Fontoura, vulgo “o Chiquinho da Vovó”. Esta terceira versão foi a que mais caiu no agrado da alma popular. Um fato que contribui para isto foi que o autor, depois de pronto este terceiro hino, continuou ensinando aos seus contemporâneos o hino com sua letra. A letra deste autor é basicamente a mesma adotada como sendo a oficial até hoje, mas a segunda estrofe, que foi suprimida posteriormente era a seguinte:



Entre nós reviva Atenas


Para assombro dos tiranos;

Sejamos gregos na Glória,

E na virtude, romanos.


HINO DEFINITIVO

Estas três letras foram interpretadas ao gosto de cada um até meados do ano de 1933, ano em que estavam no auge os preparativos para a “Semana do Centenário da Revolução Farroupilha”. Nesse momento um grupo de intelectuais resolveu escolher uma das versões para ser a letra oficial do hino do Rio Grande do Sul.

A partir daí, o Instituto Histórico contando com a colaboração da Sociedade Rio-Grandense de Educação, fez a harmonização e a oficialização do hino. O Hino foi então adotado naquele ano de 1934, com a letra total conforme fora escrito pelo autor, no século passado, caindo em desuso os outros poemas.

No ano de 1966, o Hino foi oficializado como Hino Farroupilha ou Hino Rio-Grandense, por força da lei 5213 de 05 de janeiro de 1966, quando foi suprimida a segunda estrofe.

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

Em 1835 foi desencadeada a Revolução Farroupilha, que manifestava o descontentamento da Província de São Pedro do Rio Grande, a mais meridional do Império, com o governo regencial do Império do Brasil. Os objetivos do movimento, inicialmente não muito claros, tomaram um rumo irreversível nesse episódio.


Enquanto o líder, general Bento Gonçalves, concentrava-se em ações militares próximo a Porto Alegre, o General Antônio de Sousa Neto, comandante da 1ª Brigada Ligeira de Cavalaria do Exército Liberal, travava uma batalha contra forças imperiais, próximo ao Arroio Seival, em Bagé, que acabou em vitória rotunda e surpreendente. A batalha ficou conhecida como Batalha do Seival.

As forças legalistas do tenente-coronel João da Silva Tavares acamparam na barra do arroio Seival, afluente do Candiota. Sabendo da presença do coronel Antônio de Souza Neto, lançou-se à sua procura, sendo interceptado pelos farrapos nas pontas do Seival, em 10.9.1836. O tenente-coronel Tavares recuou a tropa para uma coxilha, colocando no centro a infantaria e nas alas, a cavalaria.



A cavalaria de Neto avançou como se fosse atacar a infantaria legalista que recuou para que suas alas envolvessem os farrapos. No último momento Neto virou o ataque para a ala esquerda legalista e girou, atacando o centro imperial pela retaguarda. Ao ser atacada, a infantaria imperial tentou retornar para a posição anterior, sendo atropelada pela cavalaria de sua ala direita. Os imperiais perderam 11 oficiais e 156 soldados, enquanto os farrapos tiveram 34 baixas entre mortos e feridos.



Embalados pela vitória, os farrapos armaram bivaque no campo de Meneses. Ainda levavam a bandeira imperial. À noite, Joaquim Pedro Soares e Manuel Lucas de Oliveira convenceram Neto a proclamar a República argumentando que a Coluna do Centro, comandada por Bento Gonçalves e acampada em Viamão estava perdida.



Mesmo sem o conhecimento de Bento Gonçalves, líder do movimento, Neto e seus pares, pelos princípios republicanos comungados por todos, inclusive Gonçalves, resolveram separar a Província do resto do Império do Brasil e proclamá-la uma nação republicana independente. Bento Gonçalves seria informado e aclamado presidente, posteriormente.

Joaquim Pedro e Lucas de Oliveira redigiram a proclamação e ao amanhecer do dia 11, com a tropa formada, o cel. Neto avançou a galope com seu piquete, recebeu continência e foi aclamado general em chefe do exército republicano. A seguir, Joaquim Pedro ordenou que a força desmontasse, formando quadrado, leu a justificação da luta contra o despotismo atroz do governo central e que tinha como objetivo transformar a província a num estado livre e independente.



Eis o texto lido pelo General Antônio de Sousa Neto frente a suas fileiras:



“Ontem obtivestes o mais completo triunfo sobre os escravos da Corte do Rio de Janeiro, a qual, invejosa das vantagens locais de nossa província, faz derramar sem piedade o sangue de nossos compatriotas, para deste modo fazê-la presa de suas vistas ambiciosas. Miseráveis! Todas as vezes que seus vis satélites se têm apresentado diante das forças livres, têm sucumbido, sem que este fatal desengano os faça desistir de seus planos infernais.

São sem número as injustiças feitas pelo Governo. Seu despotismo é o mais atroz. E sofreremos calados tanta infâmia? Não, nossos companheiros, os rio-grandenses, estão dispostos, como nós, a não sofrer por mais tempo a prepotência de um governo tirânico, arbitrário e cruel, como o atual. Em todos os ângulos da província não soa outro eco que o de independência, república, liberdade ou morte. Este eco, majestoso, que tão constantemente repetis, como uma parte deste solo de homens livres, me faz declarar que proclamemos a nossa independência provincial, para o que nos dão bastante direito nossos trabalhos pela liberdade, e o triunfo que ontem obtivemos, sobre esses miseráveis escravos do poder absoluto.

Camaradas! Nós que compomos a 1ª Brigada do Exército Liberal, devemos ser os primeiros a proclamar, como proclamamos, a independência desta província, a qual fica desligada das demais do Império, e forma um estado livre e independente, com o título de República Rio-grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará competentemente. Camaradas! Gritemos pela primeira vez: viva a República Rio-grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!”



Campo dos Menezes, 11 de setembro de 1836 – Antônio de Sousa Neto, coronel-comandante da 1ª brigada.

ANITA

Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, (Morrinhos, Laguna, 30 de agosto de 1821 — Mandriole, Itália, 4 de agosto de 1849) foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos". Ela é considerada, até hoje, uma das mulheres mais fortes e corajosas da época.




Alguns estudiosos alegam que Anita Garibaldi teria nascido em Lages, que na cúria metropolitana daquela cidade estaria o registro dos irmãos mais velho e mais novo dela, e que teria sido retirada do livro a folha do registro de Ana Maria de Jesus Ribeiro. Em 1998, entidades representativas da sociedade civil de Laguna promoveram uma ação judicial para obter o registro de nascimento tardio de Anita Garibaldi. A ação tramitou na primeira vara da comarca de Laguna, sendo instruída com diversos documentos que comprovariam que Anita nasceu no município de Laguna. Assim, em 5 de dezembro de 1998, proferiu-se:



"Ante o exposto, julgo procedente o pedido inicial, a fim de determinar o registro de nascimento de Ana Maria de Jesus Ribeiro, nascida em 30 de agosto de 1821, na cidade de Laguna, filha de Bento Ribeiro da Silva, natural de São José dos Pinhais, Paraná, e de Maria Antônia de Jesus Antunes, natural de Lages, Santa Catarina, sendo seus avós paternos Manuel Collaço e Ângela Maria da Silva e avós maternos Salvador Antunes e Quitéria Maria de Sousa, o que faço embasado no artigo 50, § 4º combinado com o 52, § 2º, da Lei n.º 6.015/73." (Ação de Registro de Nascimento Tardio n.: 040.98.000395-4).”



Anita Garibaldi, descendente de portugueses imigrados dos Açores à província de Santa Catarina no século XVIII, provinha de uma família modesta. O pai Benito era comerciante em Lages e casou-se com Maria Antônia de Jesus, com a qual teve seis filhos.

Após a morte do pai, Anita cedo teve que ajudar no sustento familiar e, por insistência materna, casou-se, em 30 de agosto de 1835, aos catorze anos, com Manuel Duarte de Aguiar, na Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos da Laguna. Depois de somente três anos de matrimônio, o marido alistou-se no exército imperial, abandonando a jovem esposa.

Durante a Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, o guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi, a serviço da República Rio-Grandense, participa da tomada do porto de Laguna, na então província de Santa Catarina, onde conheceu Anita. Ficaram juntos pelo resto da vida de Anita, que seguiu Garibaldi em seus combates em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai (Montevidéu) e Itália. O casal teve quatro filhos, o primeiro dos quais, chamado Menotti Garibaldi, nasceu no estado do Rio Grande do Sul, na então vila e atual cidade de Mostardas.



Em 1847, Anita foi para a Itália com os filhos e encontrou-se com a mãe de Garibaldi, em Nizza (atual Nice, na França). O próprio Garibaldi reuniu-se a eles alguns meses depois.

Em 9 de fevereiro de 1849, presenciou com o marido a proclamação da República Romana, mas a invasão franco-austríaca de Roma, depois da batalha no Janículo, obrigou-os a abandonar a cidade. Com 3 900 soldados (800 deles a cavalo), Garibaldi deixou Roma. Em sua perseguição saíram três exércitos (franceses, espanhóis e napolitanos) com quarenta mil soldados. Ao norte lhes esperava o exército austríaco, com quinze mil soldados.

Anita, em estado avançado de gravidez, tentou não ser um peso para o marido, mas suas condições pioraram quando atingiram a República de San Marino. Ela e Garibaldi decidiram não aceitar o salvo-conduto oferecido pelo embaixador americano e continuaram a fuga. Com febre e perseguida pelo inimigo, foi transportada às pressas à fazenda Guiccioli, próximo a Ravenna, onde morreu em 4 de agosto de 1849.

Caçado pelos austríacos, sem nem sequer poder acompanhar o sepultamento da esposa, Garibaldi saiu outra vez para o exílio e, nos dez anos em que esteve fora da Itália, os restos mortais de Anita foram exumados por sete vezes. Por vontade do marido, seu corpo foi transferido a Nice. Em 1932, seu corpo foi finalmente sepultado no monumento construído em sua homenagem no Janículo, em Roma.

GARIBALDI

Giuseppe Garibaldi (Nice, 4 de julho de 1807 — Caprera, 2 de junho de 1882) foi um general, guerrilheiro,[1] condottiero e patriota italiano, alcunhado de "herói de dois mundos" devido a sua participação em conflitos na Europa e na América do Sul. Uma das mais notáveis figuras da unificação italiana, ao lado de Giuseppe Mazzini e do Conde de Cavour, Garibaldi dedicou sua vida à luta contra a tirania. Nasceu em Nizza (hoje Nice, na França), então ocupada pelo Primeiro Império Francês e que retornaria ao reino de Sardenha-Piemonte, com a queda de Napoleão Bonaparte, para ser depois cedida à França por Cavour[2], pelo tratado de Turim (24 de março de 1860).



No Brasil, aproximou-se dos republicanos que haviam proclamado a República Rio-grandense (11 de setembro de 1836), no Rio Grande do Sul e tornou-se uma figura importante na Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha, na qual os republicanos do sul combateram o Império do Brasil. Ao lado do general Davi Canabarro, tomou o porto de Laguna, em Santa Catarina, onde foi proclamada a República Catarinense (República Juliana). A marinha da jovem República Riograndense estava bloqueada na lagoa dos Patos, pois as forças imperiais dominavam a cidade de Rio Grande, na saída da lagoa para o mar. Para levar as forças republicanas até a cidade de Laguna, Garibaldi levou seus dois barcos através de um trecho de 86 quilômetros de terra, utilizando enormes carretas puxadas por duzentos bois. Um dos barcos naufragou já no Atlântico e, a bordo do outro (o Seival), Garibaldi empreendeu a tomada de Laguna.

Em Laguna, Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida depois como Anita Garibaldi, com quem se casaria e que se tornaria sua companheira de lutas na América do Sul e depois na Itália. Quando, após quase uma década de luta, ficou evidente que a República Rio-grandense estava condenada a desaparecer, o presidente Bento Gonçalves dispensou Garibaldi de suas funções, e ele então mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, com Anita e seu filho Menotti, nascido em Mostardas, no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul.

“Eu vi corpos de tropas mais numerosas, batalhas mais disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes, nem cavaleiros mais brilhantes que os da bela cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras aprendi a desprezar o perigo e combater dignamente pela causa sagrada das nações.

Quantas vezes fui tentado a patentear ao mundo os feitos assombrosos que vi realizar por essa viril e destemida gente, que sustentou, por mais de nove anos contra um poderoso império, a mais encarniçada e gloriosa luta!” (Garibaldi)

Garibaldi regressou à Itália em 1848 para lutar na Lombardia contra o exército austríaco e iniciar a luta pela unificação italiana. Sua tentativa de expulsar os austríacos fracassou e teve que refugiar-se primeiro na Suíça e depois em Nice, atualmente na França.

Apesar de eleito para o parlamento italiano, Garibaldi passou a maior parte dos seus últimos anos em Caprera. Também deu apoio ao projeto de aterramento das áreas ao sul do Lácio.

Em 1879, fundou a "Liga da Democracia", propondo o sufrágio universal, a abolição da propriedade eclesiástica, a emancipação feminina.

Doente e de cama por causa de artrite, fez viagens à Calábria e Sicilia. Em 1880 casou com Francesca Armosino, com quem tinha tido previamente três filhos.

Em 2 de junho de 1882, aos 74 anos, Giuseppe Garibaldi morreu em sua casinha na ilha de Caprera. Embora tenha deixado instruções detalhadas para sua cremação, seu corpo foi enterrado na ilha de Caprera, onde repousa com sua última esposa e alguns de seus filhos.

DAVID CANABARRO

David José Martins, conhecido como David Canabarro, (Taquari, 1796 — Santana do Livramento, 1867) foi um militar brasileiro.


Descendente de açorianos, é neto de José Martins Faleiros e dona Jacinta Rosa, naturais da Ilha Terceira. Instalados em Porto Alegre, aí lhes nascia o filho homem que seria José Martins Coelho. Dona Mariana Inácia de Jesus, natural da Ilha de Santa Catarina, que, com seus pais Manuel Teodósio Ferreira e dona Perpétua de Jesus, se instalaria em Bom Jesus do Triunfo pelo ano de 1778, aí conheceu o futuro marido, José Martins Coelho que com a família também para ali se havia transferido.

Casados, mudaram-se logo para Taquari onde lhes nasceu, a 22 de agosto de 1796, o menino David José, no lugar denominado Pinheiros, uma légua além da freguesia-sede, em terrenos que adquirira José Martins Coelho, fundando uma estância d ' e criar.

O sobrenome Canabarro foi adicionado mais tarde, vindo de seu avô, Manuel Teodósio Ferreira, que havia recebido o apelido do marquês do Alegrete e o adicionado ao seu nome.

Na Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, inicialmente conservou-se indiferente aos acontecimentos políticos. Tendo a ela se juntado tardiamente. Iniciou como tenente, mas rapidamente galgou postos, assumiu o comando em junho de 1843, quando o antigo chefe, Bento Gonçalves, para evitar a cisão entre os republicanos, desligou-se do comando e passou a servir sob as ordens do próprio Canabarro.

Sua única derrota em toda a guerra, foi na Batalha de Porongos, onde relaxado pelas negociações de paz que empreendia com o barão de Caxias, foi surpreendido pela tropa de Mouringue, teve sua tropa massacrada, inclusive os Lanceiros Negros.

Enquanto negociava a paz com os imperiais, Canabarro recebeu uma proposta de Juan Manuel de Rosas, governante argentino, que pretendia ampliar a fronteiras de seu país. Em troca da colaboração farroupilha, ele receberia ajuda argentina para continuar a batalha contra o império. Canabarro respondeu através de carta, onde afirmava sua fidelidade ao país, mesmo que este fosse monarquista e ele republicano.

Como chefe dos revoltosos, aceitou a anistia oferecida pelo governo em 18 de dezembro de 1844, através do Duque de Caxias, chamado O pacificador. Encerradas as negociações em 25 de fevereiro de 1845, ficou estabelecido que os republicanos indicariam o próximo presidente da província, o governo imperial responderia pela dívida pública do governo republicano, os oficiais do exército rebelde que desejassem passariam ao exército imperial com os mesmos postos e os prisioneiros farroupilhas seriam anistiados

GOMES JARDIM

Considerado um dos promotores da Revolução Farroupilha,José Gomes de Vasconcelos Jardim, sediou em sua residência e sob o Cipreste histórico, em Pedras Brancas, hoje Guaíba, as reuniões decisivas para a invasão de porto Alegre, em 19 de setembro de 1835, e como ponto de encontro dos farroupilhas. Atualmente, o imóvel, construído em 1790, integra o Sítio Histórico do Cipreste.




Gomes jardim nasceu em 12 de abril de 1773. Em relação ao local de nascimento existem divergências. Alguns historiadores optam por Santo Amaro e outros por Viamão e Porto Alegre. Era filho de Agostinho Gomes Jardim e Theresa Barbosa Menezes. Casado com a prima, Isabel Leonor Leitão, fixou residência na antiga sesmaria do sogro Antônio Ferreira Leitão, passada por herança para a filha. Da união do casal ficaram sete filhos.



Nas margens do Guaíba, o revolucionário montou uma charqueada e uma olaria. Trabalhador, ele conseguiu fazer fortuna. Tinha prestígio e influência especialmente por também exercer a medicina, o que o tornava ainda mais popular e benquisto. Em sua casa, Gomes Jardim organizou uma espécie de hospital para receber doentes vindos de todos os pontos do Rio Grande. Para exercer a profissão não precisou de estudos, nem de cursos regulares. Possuía bons livros e tinha uma verdadeira vocação médica.



No inicio da Revolução Farroupilha, junto com outros 60 homens, atravessou o Guaíba e uniu-se às forças de Onofre Pires, para atacar porto Alegre. Em 1836, quando foi proclamada a Republica Rio-Grandense, Gomes Jardim assumiu inteiramente a presidência da Província, no lugar de Bento Gonçalves, preso na Ilha de Fanfa, após derrota para os imperiais. Participou da Revolução até a assinatura do Tratado de Paz de Ponche Verde, onde esteve representado pelo ministro de Guerra,Coronel Manoel Lucas de Oliveira.

GOMES JARDIM

Considerado um dos promotores da Revolução Farroupilha,José Gomes de Vasconcelos Jardim, sediou em sua residência e sob o Cipreste histórico, em Pedras Brancas, hoje Guaíba, as reuniões decisivas para a invasão de porto Alegre, em 19 de setembro de 1835, e como ponto de encontro dos farroupilhas. Atualmente, o imóvel, construído em 1790, integra o Sítio Histórico do Cipreste.




Gomes jardim nasceu em 12 de abril de 1773. Em relação ao local de nascimento existem divergências. Alguns historiadores optam por Santo Amaro e outros por Viamão e Porto Alegre. Era filho de Agostinho Gomes Jardim e Theresa Barbosa Menezes. Casado com a prima, Isabel Leonor Leitão, fixou residência na antiga sesmaria do sogro Antônio Ferreira Leitão, passada por herança para a filha. Da união do casal ficaram sete filhos.



Nas margens do Guaíba, o revolucionário montou uma charqueada e uma olaria. Trabalhador, ele conseguiu fazer fortuna. Tinha prestígio e influência especialmente por também exercer a medicina, o que o tornava ainda mais popular e benquisto. Em sua casa, Gomes Jardim organizou uma espécie de hospital para receber doentes vindos de todos os pontos do Rio Grande. Para exercer a profissão não precisou de estudos, nem de cursos regulares. Possuía bons livros e tinha uma verdadeira vocação médica.



No inicio da Revolução Farroupilha, junto com outros 60 homens, atravessou o Guaíba e uniu-se às forças de Onofre Pires, para atacar porto Alegre. Em 1836, quando foi proclamada a Republica Rio-Grandense, Gomes Jardim assumiu inteiramente a presidência da Província, no lugar de Bento Gonçalves, preso na Ilha de Fanfa, após derrota para os imperiais. Participou da Revolução até a assinatura do Tratado de Paz de Ponche Verde, onde esteve representado pelo ministro de Guerra,Coronel Manoel Lucas de Oliveira.