segunda-feira, 11 de outubro de 2010

DAVID CANABARRO

David José Martins, conhecido como David Canabarro, (Taquari, 1796 — Santana do Livramento, 1867) foi um militar brasileiro.


Descendente de açorianos, é neto de José Martins Faleiros e dona Jacinta Rosa, naturais da Ilha Terceira. Instalados em Porto Alegre, aí lhes nascia o filho homem que seria José Martins Coelho. Dona Mariana Inácia de Jesus, natural da Ilha de Santa Catarina, que, com seus pais Manuel Teodósio Ferreira e dona Perpétua de Jesus, se instalaria em Bom Jesus do Triunfo pelo ano de 1778, aí conheceu o futuro marido, José Martins Coelho que com a família também para ali se havia transferido.

Casados, mudaram-se logo para Taquari onde lhes nasceu, a 22 de agosto de 1796, o menino David José, no lugar denominado Pinheiros, uma légua além da freguesia-sede, em terrenos que adquirira José Martins Coelho, fundando uma estância d ' e criar.

O sobrenome Canabarro foi adicionado mais tarde, vindo de seu avô, Manuel Teodósio Ferreira, que havia recebido o apelido do marquês do Alegrete e o adicionado ao seu nome.

Na Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, inicialmente conservou-se indiferente aos acontecimentos políticos. Tendo a ela se juntado tardiamente. Iniciou como tenente, mas rapidamente galgou postos, assumiu o comando em junho de 1843, quando o antigo chefe, Bento Gonçalves, para evitar a cisão entre os republicanos, desligou-se do comando e passou a servir sob as ordens do próprio Canabarro.

Sua única derrota em toda a guerra, foi na Batalha de Porongos, onde relaxado pelas negociações de paz que empreendia com o barão de Caxias, foi surpreendido pela tropa de Mouringue, teve sua tropa massacrada, inclusive os Lanceiros Negros.

Enquanto negociava a paz com os imperiais, Canabarro recebeu uma proposta de Juan Manuel de Rosas, governante argentino, que pretendia ampliar a fronteiras de seu país. Em troca da colaboração farroupilha, ele receberia ajuda argentina para continuar a batalha contra o império. Canabarro respondeu através de carta, onde afirmava sua fidelidade ao país, mesmo que este fosse monarquista e ele republicano.

Como chefe dos revoltosos, aceitou a anistia oferecida pelo governo em 18 de dezembro de 1844, através do Duque de Caxias, chamado O pacificador. Encerradas as negociações em 25 de fevereiro de 1845, ficou estabelecido que os republicanos indicariam o próximo presidente da província, o governo imperial responderia pela dívida pública do governo republicano, os oficiais do exército rebelde que desejassem passariam ao exército imperial com os mesmos postos e os prisioneiros farroupilhas seriam anistiados

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