segunda-feira, 11 de outubro de 2010

GARIBALDI

Giuseppe Garibaldi (Nice, 4 de julho de 1807 — Caprera, 2 de junho de 1882) foi um general, guerrilheiro,[1] condottiero e patriota italiano, alcunhado de "herói de dois mundos" devido a sua participação em conflitos na Europa e na América do Sul. Uma das mais notáveis figuras da unificação italiana, ao lado de Giuseppe Mazzini e do Conde de Cavour, Garibaldi dedicou sua vida à luta contra a tirania. Nasceu em Nizza (hoje Nice, na França), então ocupada pelo Primeiro Império Francês e que retornaria ao reino de Sardenha-Piemonte, com a queda de Napoleão Bonaparte, para ser depois cedida à França por Cavour[2], pelo tratado de Turim (24 de março de 1860).



No Brasil, aproximou-se dos republicanos que haviam proclamado a República Rio-grandense (11 de setembro de 1836), no Rio Grande do Sul e tornou-se uma figura importante na Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha, na qual os republicanos do sul combateram o Império do Brasil. Ao lado do general Davi Canabarro, tomou o porto de Laguna, em Santa Catarina, onde foi proclamada a República Catarinense (República Juliana). A marinha da jovem República Riograndense estava bloqueada na lagoa dos Patos, pois as forças imperiais dominavam a cidade de Rio Grande, na saída da lagoa para o mar. Para levar as forças republicanas até a cidade de Laguna, Garibaldi levou seus dois barcos através de um trecho de 86 quilômetros de terra, utilizando enormes carretas puxadas por duzentos bois. Um dos barcos naufragou já no Atlântico e, a bordo do outro (o Seival), Garibaldi empreendeu a tomada de Laguna.

Em Laguna, Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida depois como Anita Garibaldi, com quem se casaria e que se tornaria sua companheira de lutas na América do Sul e depois na Itália. Quando, após quase uma década de luta, ficou evidente que a República Rio-grandense estava condenada a desaparecer, o presidente Bento Gonçalves dispensou Garibaldi de suas funções, e ele então mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, com Anita e seu filho Menotti, nascido em Mostardas, no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul.

“Eu vi corpos de tropas mais numerosas, batalhas mais disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes, nem cavaleiros mais brilhantes que os da bela cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras aprendi a desprezar o perigo e combater dignamente pela causa sagrada das nações.

Quantas vezes fui tentado a patentear ao mundo os feitos assombrosos que vi realizar por essa viril e destemida gente, que sustentou, por mais de nove anos contra um poderoso império, a mais encarniçada e gloriosa luta!” (Garibaldi)

Garibaldi regressou à Itália em 1848 para lutar na Lombardia contra o exército austríaco e iniciar a luta pela unificação italiana. Sua tentativa de expulsar os austríacos fracassou e teve que refugiar-se primeiro na Suíça e depois em Nice, atualmente na França.

Apesar de eleito para o parlamento italiano, Garibaldi passou a maior parte dos seus últimos anos em Caprera. Também deu apoio ao projeto de aterramento das áreas ao sul do Lácio.

Em 1879, fundou a "Liga da Democracia", propondo o sufrágio universal, a abolição da propriedade eclesiástica, a emancipação feminina.

Doente e de cama por causa de artrite, fez viagens à Calábria e Sicilia. Em 1880 casou com Francesca Armosino, com quem tinha tido previamente três filhos.

Em 2 de junho de 1882, aos 74 anos, Giuseppe Garibaldi morreu em sua casinha na ilha de Caprera. Embora tenha deixado instruções detalhadas para sua cremação, seu corpo foi enterrado na ilha de Caprera, onde repousa com sua última esposa e alguns de seus filhos.

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